Decorreu ao início da noite no salão nobre da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa, a cerimónia de entrega dos Prémios Gazeta 2012 que, pela primeira vez de que é Presidente da República, Cavaco Silva não marcou presença.
Anualmente o Clube de Jornalistas distingue os melhores trabalhos em várias áreas e a estação de Carnaxide venceu o Prémio Gazeta de Televisão atribuído à serie 'Momentos de Mudança' da autoria de Cândida Pinto, João Nuno Assunção e Cândida Pinto.
Recorda-se que a série de informação estreou a 6 de outubro de 2012 e esteve no ar por várias semanas (até 3 de dezembro) onde se relatava a ligação dos problemas exibidos nos 9 episódios ao quotidiano dos problemas que o país se confronta. Toda a série foi realizada por uma imagem de alta qualidade graças a uma câmara digital super 35mm.
Na passada terça-feira duas jornalistas da estação de Carnaxide foram distinguidas pela organização Corações com Coroa presidida pela apresentadora de televisão Catarina Furtado.
A jornalista da SIC, Susana André, foi mesmo a vencedora da tarde ao arrecadar o galardão com a Grande Reportagem SIC "Um Dia Vou ser Português" tendo garantido à imprensa que é um prémio que "tem um significado muito especial, é um tema que me diz muito, refugiados".
Outra das vencedoras foi a jornalista Cândida Pinto com a reportagem Alexandra Vive com HIV da série Momentos de Mudança. À imprensa a jornalista referiu que "tem sido para nós dois anos de trabalho e de relacionamento com pessoas que vivem em circunstâncias difíceis. Encontramos pessoas maravilhosas. Foi um trabalho de equipa fora de série", finalizou.
A série documental da SIC "Momentos de Mudança" ganhou o Prémio Gazeta de Televisão. O júri considera a série de nove reportagens um trabalho inovador, não apenas pela conceção e desenvolvimento da ideia, mas também pela intrínseca ligação aos problemas com que o país se confronta. A série documental é da autoria de Cândida Pinto, Jorge Pelicano, João Nuno Assunção e Marco Carrasqueira e foi exibida no segundo semestre de 2012 na SIC.
O conjunto de 4 trabalhos da série documental “Momentos de Mudança”: “Germano e Elisa – a entrega da casa”, “Maria Amélia – Da casa ao lar”, “Vitor – o fecho da fábrica” e “Alexandra – viver com o HIV”, de Cândida Pinto e João Nuno Assunção são os trabalhos vencedores da 15ª edição do Prémio AMI – Jornalismo Contra a Indiferença.
As peças dos jornalistas da SIC, com imagem de Jorge Pelicano e edição de Marco Carrasqueira, formam na opinião do Júri, documentos marcantes, com imagens de beleza extraordinária que contam a história do país, através de histórias de vários portugueses.
A cerimónia de entrega de prémios está agendada para o próximo dia 19 de junho no SANA Lisboa Hotel.
O trabalho da jornalista Cândida Pinto, de Jorge Pelicano, de João Nuno Assunção foi esta noite premiado pela SPA (Sociedade Portuguesa de Autores) numa gala emitida pela RTP.
Cândida Pinto em declarações refere que foi um trabalho que nos ocupou ao longo de quase todo o ano. Houve uma enorme cumplicidade e satisfação profissional. Quero agradecer à SIC e a todas as pessoas que nos abriram as suas vidas e casas para partilhar comnosco os momentos de intimidade".
Jorge Pelicano, repórter de imagem do programa, referiu quando recebeu o prémio que "a nossa estação de televisão, SIC, deu-nos tempo para fazer este trabalho e para fazer diferente".
A concurso estava ainda o formato de Ana Sofia Fonseca "O meu Pequeno Mundo".
Os espectadores estavam, até agora, habituados a ver o formato da Grande Reportagem SIC ao domingo em pleno Jornal da Noite. Mas, com a mudança do formato conduzido por Pedro Mourinho, o espaço de informação de grande investigação deixou de fazer parte da grelha de conteúdos do bloco informativo.
Esta terça-feira regressou com a investigação desenvolvida por Pedro Coelho e os resultado tem sido animadores (AQUI). Mas o espaço da Grande Reportagem “deixou de ser semanal” como refere Rodrigo Guedes de Carvalho à Notícias TV desta semana e acrescenta “estamos a pensar nos moldes em que a vamos fazer e nos dias de emissão, que poderão até nem ser sempre nos mesmos dias da semana”. Cândida Pinto, a coordenadora da Grande Reportagem SIC, refere mesmo que “ainda não há uma data de estreia prevista”.
Terminou esta segunda-feira a série documental Momentos de Mudança que estreou no passado dia 6 de Outubro. Desde então, todas as segundas-feiras em pleno horário nobre, a série documental preencheu o horário nobre. O objectivo passava por ver as maiores transformações vividas em Portugal de 1992 a 2012. Ontem, foi exibido o último episódio.
Sob o tema "Sofia e Tiago | Movimentos Sociais" a SIC apresentou o programa que viria a ficar em 4.º lugar nos mais vistos da estação. Com 12,2% de rating médio (cerca de 1 151 milhões de telespectadores) e 23,7% de share, o último episódio foi o menos visto de toda a série produzida e realizada por uma equipa formada por Cândida Pinto, Jorge Pelicano, João Nuno Assunção, Marco Carrasqueira e Inês Rueff (estagiária).
Sou pequenina e quando entrei para a Escola Pratica de Artilharia, em Vendas Novas, ainda não havia muitos números para mulheres, os tamanhos eram todos enormes, fiquei 3 dias à espera do 35 de botas. Aos meus 10, 12 anos, as pessoas perguntavam-me: então o que vais ser quando fores grande? Eu vou ser tropa!
Vivo em Constância que é uma vila poema e que tem a junção de dois rios, o Zêzere e o Tejo, e que me matam as saudades do mar porque eu sou de Setúbal. Mas aquela vila dá-me a qualidade de vida que eu quis para o meu filho. O Rafael tem 7 anos e é uma criança divina, extrovertido, meiguinho, doce e tem vivido esta experiência da mãe fora durante 6 meses de uma forma que muitos adultos não vivem.
Cheguei a Cabul a 11 de Abril deste ano, a um quartel que não tinha o aspeto dos quartéis que eu conhecia. Aqui são contentores, rodeados de muros, não se vê o exterior , só as montanhas e dá a sensação de que estamos dentro de uma cratera. A certas alturas senti algum medo, nunca sabemos o que pode acontecer, a história do Afeganistão dá-nos um bocadinho mais de receio.
Sou 1º sargento, faço o controle do dinheiro, confirmo os pagamentos, sou a tesoureira do 4º Contingente português na ISAF, a Missão da NATO de manutenção de paz no Afeganistão. Há 20 anos não era assim, mas acho importante que as mulheres participem tal como os homens. Porque é que esta seria uma oportunidade só dada aos homens?
Os militares têm esse desejo de ir ver como é lá fora e eu também queria. Para muitos também há a motivação monetária, uma lufada de ar fresco em momentos difíceis. Todos os dias falo com o meu filho pelo skipe porque é muito difícil estar longe dele, as saudades são imensas. Eu quero saber como vai a escola dele, ele conta os dias para eu voltar. Mal vi Cabul, tive pena de não conseguir conversar com uma mulher afegã, perceber como é que é viver sob uma burqa.
Fiz amigos para a vida, a Carolina, enfermeira, com quem partilhei quarto nestes últimos seis meses. A nível profissional esta missão é a realização de um sonho que eu tinha há muito tempo. Agora estamos todos ansiosos, vamos regressar, é o aproximar de casa, o bater do coração, os suores frios. Vou sentir de novo o cheiro do meu filho, é inexplicável.
