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Clara de Sousa orgulhosa pelos grandes trabalhos

Dá cartas como pivô alternando a condução do Jornal da Noite com Rodrigo Guedes de Carvalho durante a semana. Clara de Sousa confessa-se orgulhosa pelos trabalhos de grande produção que a informação da SIC tem desenvolvido ao longo dos últimos tempos.

"A SIC tem conseguido apostar neste tipo de trabalhos, não só com a equipa da Grande Reportagem e Reportagem Especial como também com os Condenados, os Sobrevimentes e, mais recentemente, Momentos de Mudança", refere a jornalista em declarações à revista Notícias TV desta semana. "Às vezes gostava bastante de fazer estes trabalhos", disse a pivô mas não se esquece que "tenho de estar onde sou mais necessária", explica à referida publicação

Momentos de Mudança despede-se com pior resultado desde a estreia

Terminou esta segunda-feira a série documental Momentos de Mudança que estreou no passado dia 6 de Outubro. Desde então, todas as segundas-feiras em pleno horário nobre, a série documental preencheu o horário nobre. O objectivo passava por ver as maiores transformações vividas em Portugal de 1992 a 2012. Ontem, foi exibido o último episódio.

Sob o tema "Sofia e Tiago | Movimentos Sociais" a SIC apresentou o programa que viria a ficar em 4.º lugar nos mais vistos da estação. Com 12,2% de rating médio (cerca de 1 151 milhões de telespectadores) e 23,7% de share, o último episódio foi o menos visto de toda a série produzida e realizada por uma equipa formada por Cândida Pinto, Jorge Pelicano, João Nuno Assunção, Marco Carrasqueira e Inês Rueff (estagiária).

Momentos de Mudança termina na segunda-feira

Segunda-feira às 21h00

Há 20 anos Cavaco Silva era primeiro-ministro. Portugal vivia uma certa paz política e económica reforçada por uma Europa cada vez mais unida com o recém-assinado Tratado de Maastricht.

Tiago Castelhano tinha 9 anos e saía à rua para jogar futebol na Damaia. Estava a anos de conhecer Sofia Rajado que, com praticamente a mesma idade, ainda não despertara para a política na pequena vila de Taveiro a 7kms de Coimbra. Duas décadas mais tarde tudo mudou. A estabilidade deu lugar a ondas de choque levantadas pela crise económica que têm inundado as ruas de gente e abalado governos. A Europa que quis crescer como um bloco abriu fissuras onde cresce a instabilidade e desconforto dos países economicamente periféricos.

Tiago Castelhano é hoje economista e está desempregado. Continua a sair à rua mas agora para lutar por um futuro diferente. Conheceu entretanto a professora Sofia Rajado por quem se apaixonou. Sofia trabalha a recibos verdes nas poucas horas de música que leciona a alunos do Básico. O plano B que encontrou uma vez que a formação base em Geologia não lhe tem servido para pagar as contas.

“O que eu vejo é que andei a estudar para nada”, admite. A vida fê-los despertar para a ação cívica. Juntaram-se a movimentos sociais e estão em vias de criar um novo partido. Querem que o país mude e aguardam inquietos os seus próprios Momentos de Mudança. O lado mais pessoal e íntimo de um jovem casal captado durante meses de manifestações. As vidas que se escondem por entre as multidões anónimas que têm saído à rua. A visão de uma geração que ainda procura um rumo.

A não perder, segunda às 21h.

Audiências segunda - 26 Novembro

Destaques do dia:

  • 1.º lugar - novela Dancin' Days com 15,9% de rating médio e 31,0% de share
  • 3.º lugar - novela Gabriela com 15,6% de audiência média e 36,4% de share
  • 5.º lugar - informação do programa Momentos de Mudança com 13,3% de audiência média e 26,5% de share

 

Dados totais:

TVI - 25,8%

Cabo - 23,5%

SIC - 23,0%

RTP1 - 14,5%

Outros - 10,6%

RTP2 - 2,6%

Momentos de Mudança com os olhos no futuro

Momentos de Mudança’ chega ao oitavo episódio de olhos postos no futuro do país que tem nos estudantes um dos principais motores. Seguimos as passadas do criativo Miguel Gonçalves para perceber como está a ser usada a massa cinzenta saída das faculdades e como pode a ligação entre empresas e Universidades ser a chave de um país empreendedor.

 

Sinopse

Agarre-se a nós para conseguir acompanhar o ritmo acelerado deste episódio em que seguimos as palestras de Miguel Gonçalves e tomamos o pulso a alguns estudantes universitários. Num país com elevada taxa de desemprego jovem e onde se acentua a fuga de cérebros, como são aproveitados os milhares de alunos e ideias que, todos os anos, saem das instituições de ensino? Mais qualificado do que há 20 anos, Portugal tem mantido empresas e universidades de costas voltadas. Os alunos não sabem como chegar às empresas.

“Mas como é que eu falo com um CEO?!”, lança a questão um estudante da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. E as empresas não querem sequer pensar em aumentar o número de funcionários. No meio deste divórcio, eventuais ideias empreendedoras nunca chegam a ser testadas e morrem sem apoios. No final deste episódio voamos até São Francisco, na Califórnia, para acompanhar Miguel Gonçalves numa visita à Meca do empreendedorismo mundial: Silicon Valley.

Vamos descobrir o segredo desta espécie de “terra sagrada” onde nasceram empresas de milhões como a Google, a Apple ou o Facebook e onde a alunos e Universidades é dada toda a prioridade. Será possível aplicar o mesmo modelo em Portugal ou o Momento de Mudança do país está ainda para chegar? E fará ainda efeito a injecção de positivismo que criadores como Miguel Gonçalves tentam passar?

Audiências segunda - 19 Novembro

Destaques do dia:

  • 2.º lugar - novela Dancin' Days com 16,0% de audiência média e 30,4% de share
  • 3.º lugar - novela Gabriela com 15,3% de audiência média e 35,6% de share
  • 4.º lugar - Jornal da Noite com 14,5% de audiência média e 29,(% de share
  • 5.º lugar - programa Momentos de Mudança (Maria Calado) com 13,7% de audiência média e média e 26,6% de share

 

Dados totais:

TVI - 24,9%

SIC - 23,6%

Cabo - 23,5%

RTP1 - 14,9%

Outros - 10,4%

RTP2 - 2,7%

Momentos de Mudança com mulheres militares

Sou pequenina e quando entrei para a Escola Pratica de Artilharia, em Vendas Novas, ainda não havia muitos números para mulheres, os tamanhos eram todos enormes, fiquei 3 dias à espera do 35 de botas. Aos meus 10, 12 anos, as pessoas perguntavam-me: então o que vais ser quando fores grande? Eu vou ser tropa!

Vivo em Constância que é uma vila poema e que tem a junção de dois rios, o Zêzere e o Tejo, e que me matam as saudades do mar porque eu sou de Setúbal. Mas aquela vila dá-me a qualidade de vida que eu quis para o meu filho. O Rafael tem 7 anos e é uma criança divina, extrovertido, meiguinho, doce e tem vivido esta experiência da mãe fora durante 6 meses de uma forma que muitos adultos não vivem.

Cheguei a Cabul a 11 de Abril deste ano, a um quartel que não tinha o aspeto dos quartéis que eu conhecia. Aqui são contentores, rodeados de muros, não se vê o exterior , só as montanhas e dá a sensação de que estamos dentro de uma cratera. A certas alturas senti algum medo, nunca sabemos o que pode acontecer, a história do Afeganistão dá-nos um bocadinho mais de receio.

Sou 1º sargento, faço o controle do dinheiro, confirmo os pagamentos, sou a tesoureira do 4º Contingente português na ISAF, a Missão da NATO de manutenção de paz no Afeganistão. Há 20 anos não era assim, mas acho importante que as mulheres participem tal como os homens. Porque é que esta seria uma oportunidade só dada aos homens?

Os militares têm esse desejo de ir ver como é lá fora e eu também queria. Para muitos também há a motivação monetária, uma lufada de ar fresco em momentos difíceis. Todos os dias falo com o meu filho pelo skipe porque é muito difícil estar longe dele, as saudades são imensas. Eu quero saber como vai a escola dele, ele conta os dias para eu voltar. Mal vi Cabul, tive pena de não conseguir conversar com uma mulher afegã, perceber como é que é viver sob uma burqa.

Fiz amigos para a vida, a Carolina, enfermeira, com quem partilhei quarto nestes últimos seis meses. A nível profissional esta missão é a realização de um sonho que eu tinha há muito tempo. Agora estamos todos ansiosos, vamos regressar, é o aproximar de casa, o bater do coração, os suores frios. Vou sentir de novo o cheiro do meu filho, é inexplicável.

Momentos de Mudança com a entrega da casa

O sexto episódio de ‘Momentos de Mudança’ entra na vida financeira das famílias e foca-se na crise económica que afetou o país nos últimos anos. De um cenário de abertura e sedução dos mercados ao colapso do sistema bancário passaram 20 anos. Portugal vê-se hoje obrigado a devolver tudo o que um dia pediu emprestado.

Germano e Elisa são casados e têm dois filhos. Germano é bancário e Elisa funcionária no Hospital de Santo António no Porto. Vivem no rés-do-chão de um condomínio em Ermesinde. Têm dois carros apesar da vida ser feita por casa. Garantem que não fazem férias e têm apenas aquilo que os ordenados de ambos conseguem dar. “A nossa família não é de classe baixa nem alta. Estamos na classe média”, define-a assim Germano. Esta família comum partilha, por estes dias, o mesmo sufoco financeiro que afeta milhares de famílias estranguladas pelo crédito. No caso de Germano e Elisa o limite de esforço que podiam alcançar foi há muito ultrapassado. O cómodo apartamento onde vivem foi comprado de urgência devido a problemas de saúde do filho mais novo. Não esperaram para vender o antigo e mudaram de residência numa altura em que a economia lhes dava ainda alguma segurança. Mas a economia globalizada revelou que nada é certo na grande roda do capital. O casal não conseguiu vender o primeiro apartamento e hoje acumula dois créditos à habitação que lhe consome, por completo, a maior fatia dos ordenados. O que sobra é sugado pelos empréstimos dos carros e pelas contas correntes da casa. O que devia restar para a alimentação teve de ser encontrado em mais um cartão de crédito, desta vez de um hipermercado.

A única forma, asseguram, de porem comida na mesa. Acumulam-se os empréstimos e as dívidas. Os credores apertam e não querem sequer negociar. Perderam a cara de bons amigos que tiveram outrora. No limite da asfixia, o último grito de ajuda traz a esperança e a desilusão. Germano e Elisa declarados insolventes pelo Tribunal de Valongo que considera que já não têm estrutura para pagar o que devem. Deixam de ter dívidas mas também quase tudo o resto. Têm de entregar os carros, vêem parte dos ordenados penhorados e perdem um dos maiores símbolos de estabilidade da classe média: a casa.

‘Momentos de Mudança’ acompanha esta família no dia em perde a soberania da própria habitação e é obrigada a devolver tudo o que não conseguiu pagar. Uma réplica em ponto pequeno de um país sob resgate, dependente da gestão internacional e obrigado a pagar os empréstimos com juros.

‘Momentos de Mudança’: a vida como um filme.