SIC emite Reportagem Especial sobre a Galilei Saúde
A SIC emite esta noite, no 'Jornal da Noite', uma 'Reportagem Especial' sobre o Grupo Galilei que pertenceu ao BPN e que Pedro Coelho investigou como é que um negócio pode vir a lesar os interesses do Estado em, pelo menos, 6 milhões de euros. São de novo os fantasmas do BPN que não param de atormentar a saúde financeira do país.
A história começa com o grupo Galilei, o conjunto de empresas que integravam a SLN, a holding proprietária do BPN. Quando o banco foi nacionalizado, a holding que o detinha permaneceu em mãos privadas. Os acionistas, alguns coveiros do banco, mudaram-lhe o nome para Galilei.
A maioria das empresas do universo estava descapitalizada, porque lhes faltou o banco que as financiava. Mas havia um setor rentável, a saúde.
A Galilei saúde gera lucros de 2 milhões de euros por ano, que a empresa mãe, a Galilei, absorve integralmente. Resultado: um setor saudável entrou em agonia. A Galilei saúde deve 34 milhões de euros. A maior fatia dessa dívida, 22 milhões, pertence à Parvalorem, o grupo empresarial do Estado que gere o lixo tóxico do BPN. De nada serve à Galilei Saúde ser rentável, porque a ligação à Galilei transformou-a numa empresa doente.
Os gestores da Galilei Saúde conseguiram convencer os credores a aceitar um plano especial de revitalização, um PER, que o tribunal aprovou. A empresa entrou, na prática, num processo de venda. Esta reportagem especial retrata o mistério da empresa em agonia que, de repente, se tornou demasiado atrativa para 6 candidatos à compra. É aqui que entra o Estado, ou seja, a Parvalorem.
A Parvalorem decidiu vender o crédito à melhor oferta. E quem controlasse o crédito da Parvalorem, controlaria a empresa. O problema é que a Parvalorem pode não ter vendido à melhor oferta. A empresa do Estado acabou a fazer contrato com um fundo belga, detido por 3 empresários sem ligações à saúde.
A venda foi feita abaixo do preço… E, de repente, o Estado pode ter perdido 6 milhões de euros.
Reportagem: Pedro Coelho
Imagem: Jorge Oliveira e Luís Pinto
Edição de imagem: Ricardo Tenreiro
Grafismo: Fernando Ferreira
Produção Editorial: Diana Matias
Coordenação: Marta Reis
Direção: Ricardo Costa