Há seis anos a SIC preparava-se para mudar o rumo das suas novelas quando estreava 'Lacos de Sangue', uma aposta conjunta entre a estação, a SP Televisão e a Rede Globo.
Foi a 13 e setembro que o canal estreou a novela que contava a história de duas irmãs separadas pela força da água, mas unidas pelo sangue, que lutam pelo amor do mesmo homem.
Protagonizada por Diogo Morgado, Joana Santos e Diana Chaves está novela que chegou a vencer o Emmy Internacional mudou, na opinião do então diretor de programas Nuno Santos, "o paradigma da ficção da SIC e a relação de forças face à TVI".
As declarações foram publicadas está sexta feira pelo próprio Nuno Santos na sua página da rede social Facebook.
Esta novela chegou mesmo a ser vendida para Angola, Itália, França e Bulgária.
Foi um dos grandes impulsionadores pelo avanço na ficção nacional da SIC a par de Gabriela Sobral e, ainda que esteja atualmente fora do canal, continua a seguir aquilo que se faz para os lados de Carnaxide.
Antigo Diretor de Programas da SIC e antigo Diretor da SIC Notícias, Nuno Santos não deixou escapar a data do 14.º aniversário do canal de informação da SIC.
Numa mensagem colocada na página que mantém na rede social Facebook, o agora responsável dos conteúdos para o mercado lusófono da Multichoice aproveitou para homenagear Emídio Rangel, ele "que percebeu, antes dos outros, naquele ano de 2000, que estava na hora de Portugal ter um canal de notícias 24 Horas", pode-ser ler na nota.
Aqui fica a mensagem completa:
Hoje é dia da SIC Notícias. São 14 anos e 14 anos, em televisão, é já uma idade respeitável. Tanto mais com este percurso: inovação, liderança, solidez. Sem perfeição porque a televisão é uma arte efémera e os tempos têm sido adversos. Parabéns aos que a fazem todos os dias. Uma palavra de agradecimento devida ao Homem que percebeu, antes dos outros, naquele ano de 2000, que estava na hora de Portugal ter um canal de notícias 24 Horas.
Mais - que, ao contrario do muitos vaticinavam - o País estava pronto e que um canal de Informação era um passo importante na consolidação da Democracia, na pluralidade de opiniões e na Liberdade de Expressão de que tanto se fala nestes dias. Obrigado, Emídio Rangel.
Depois uma (pequena grande) equipa de "loucos furiosos" fez o resto. E continua!
O antigo jornalista e Diretor de Programas da estação de Carnaxide, Nuno Santos, esteve há minutos em direto na SIC para falar sobre a morte de Nelson Mandela.
Enquanto a jornalista destacada para a cobertura das cerimónias, Cândida Pinto, não chega a Joanesburgo, o também antigo diretor de Informação da RTP que agora trabalha na Multichoice (televisão da África do Sul) relatou o que se tem passado nas últimas horas.
Já à hora do almoço, no 'Primeiro Jornal', Nuno Santos tinha estado também em direto com Bento Rodrigues
Pedro Norton deu esta terça-feira uma grande entrevista ao jornal Público onde destaca a entrada de mais um canal de televisão no universo da Impresa, alerta para os perigos de haver mais do que um fornecedor de audiências e dos direitos de autor patentes com os vídeos apresentados.
O CEO da Impresa está convencido de que Marques Mendes poderá bater Marcelo Rebelo de Sousa como comentador e diz que a SIC já tem uma linha de programação constante na ficção portuguesa, que tem sido vital para a liderança da estação no horário nobre.
Quando questionado sobre a questão dos direitos de autor, Pedro Norton refere que apenas se estão a "lutar por direitos nossos e por isso é vital forçar as entidades competentes a tomar as medidas necessárias. Quanto à questão das audiências e da GfK, o CEO avisou em devido tempo "para os perigos de se abrir o concurso com a mudança de fornecedor que poderia causar disrupções no mercado". No entanto, destaca que não "não foi opinião maioritária" mas foi respeitada tecendo duras críticas à TVI pela forma como se portou em todo o processo.
"Acho que a TVI está em negação. A SIC é líder no horário nobre, de segunda a sexta, e está a ameaçar a liderança da TVI no acesso ao horário nobre" refere Pedro Norton. Ainda sobre a questão das audiências, Pedro Nobre refere que "é um mérito da SIC e também da SP e da Globo nas novelas que co-produzimos" acrescentando de seguida que "é uma parte da explicação do sucesso (...) e não devemos desmerecer o trabalho da informação da SIC".
Quanto a desporto na estação a Liga Europa é para manter até porque "temos mais dois anos" e as audiências têm ajudado. "olhe-se para a lista dos 10 programas com mais audiência este ano e estão nove jogos da Liga Europa e a Gabriela", ou seja, os 10 programas no top do ano são pertença da SIC. Quanto à primeira divisão, refere-se apenas que os jogos do Benfica (que serão emitidos em exclusivo na Benfica TV) para já ficam na estação do clube da Luz até porque "não houve nenhuma abordagem nem aproximação entre a SIC e o Benfica nessa matéria".
Outro facto que tem sido veiculado, e do qual já demos eco no SICblogue, prende-se com o lançamento do novo canal que estará ainda no ar este ano. Terá como tema a "área do social" até porque para Pedro Norton "foi a constatação que era um espaço que estávamos a trabalhar muito bem na SIC generalista, e que estava por ocupar nos canais temáticos". Para já ultima-se "a grelha e as contas finais" para que possa ser lançado "ainda este ano, no último trimestre".
Para fechar a questão Nuno Santos / RTP. Pedro Norton refere que é um processo que está encerrado e quando questionado sobre a saída do antigo diretor da SIC para a RTP limita-se a referir que "não fiquei particularmente agradado com a forma como saiu" e, como tal, não gostava de o ver novamente na estação de Carnaxide.
Actualmente a dar vida a uma das personagens da novela líder de audiências em Portugal (Hugo), José Fidalgo sente-se bem na SIC apesar de ter recebido entretanto "outros convites".
No entanto, o facto de estar bem na SIC não aceitou os convites de outras estações de televisão mantendo-se assim fiel à televisão que o acolheu no tempo de Nuno Santos enquanto director de programas.
Jornalista no início do canal, director fundador da SIC Notícias e posteriormente director de programas da SIC. Nuno Santos está, desde o início, ligado à história da SIC! O actual director de informação da RTP acedeu ao convite do SIC Blogue e agora deixa os parabéns à SIC!
"O aparecimento da SIC significou uma revolução em Portugal e abriu, de facto, um tempo novo. Desde logo um tempo novo para os cidadãos e para o seu acesso ao espaço público mas também um tempo novo que criou uma nova geração de profissionais e uma nova forma de comunicar. Tive a sorte de integrar essa geração e de fazer parte desse projecto inesquecível na minha vida. Parabéns SIC!"
Ambicioso, contrariou as probabilidades que a toxicodependência dos pais poderia ditar. Campeão nacional de xadrez aos 13 anos, aos 16 fundou um jornal ‘caseiro’ e assim começou a trabalhar na SIC. Hoje é subdirector de conteúdos de entretenimento. Tem o rótulo de apresentador amigo dos futebolistas, que faz os entrevistados chorar, mas não se recorda da última lágrima que deixou cair. Tudo numa entrevista de Daniel Oliveira ao SOL.
Como surge o convite para a SIC?
Nunca achei que alguém me convidaria para trabalhar aqui, não era esse o meu propósito. Quando surgiu o convite para vir cá uma sexta-feira dar assistência e quando, na semana seguinte, esse convite se estende à quarta-feira e depois passa a ser uma rotina diária, julguei que seria uma coisa esporádica e portanto tinha de aprender o máximo. Vivia fascinado com aquilo tudo.
Pagavam-lhe?
Sim, 37 contos. Com o primeiro ordenado comprei um telemóvel, um tijolo que custou 19.900 escudos. No segundo ordenado aumentaram-me mais do dobro.
Foi esse fascínio que quase lhe custou o emprego logo no primeiro dia?
Foi no segundo dia. Tinha de premir o teleponto para o David Borges no Donos da Bola. No início da segunda parte, esqueci-me. Estava na redacção com o Jorge Gabriel quando vejo o genérico no ar e me apercebo que deveria estar no estúdio. Vou a correr desalmadamente e, quando entro, já está o David pendurado. Estamos a falar de três segundos, que em televisão é uma eternidade. Tive a benesse de ser perdoado.
Como é que, tendo a oportunidade de entrar na SIC, um ano depois sai para a TV 7 Dias?
Sentia que estava a ficar estagnado. Os meus trabalhos estavam a cingir-se aos trabalhos de produção, pesquisa e análise, e achava que tinha capacidade para mais. Não me arrependo. Foi depois da TV 7 Dias que fui convidado para ser jornalista fundador da SIC Notícias, na área do desporto e no Caras Notícias. Provavelmente, se tivesse ficado, isto não teria acontecido.
Foi convidado pelo director do canal, Nuno Santos. A vossa relação começa aí?
Sobretudo aí. Falávamos circunstancialmente na SIC, entrevistei-o uma vez para a TV 7 Dias, mas começa sobretudo aí. Temos uma relação de amizade, respeito e admiração. Ao contrário do que algumas pessoas queriam fazer crer, sempre foi uma relação em que o pessoal e o profissional não se misturavam.
Sempre foi visto como um boy de Nuno Santos...
Sim, por quem não quer ter uma visão fria e racional das coisas. Sempre provei que as coisas que fiz faziam sentido nas grelhas dos canais, a amizade não se misturava com a via profissional. O Nuno foi crítico quando teve de ser e elogioso quando teve de ser. Desde esse convite acompanhou Nuno Santos em várias mudanças de camisola, nomeadamente entre a SIC e a RTP.
Já falaram de um regresso seu ao canal público?
Não, já mudei várias vezes com ele, mas estou muito bem como estou. Sou subdirector de conteúdos de entretenimento na SIC, o que me dá oportunidade de fazer o que quero, tenho quatro programas no ar de minha autoria e coordenação, todos com bons resultados. Tenho estabilidade profissional.
Mesmo estando a recibos verdes?
Agora já não estou, entrei para os quadros há um ano. Precisava de estabilidade e de criar raízes e essa mudança trouxe isso. Mas nunca senti que o meu trabalho fosse menorizado por não ser dos quadros, sempre tive respeito e autonomia e sempre fui pago de acordo com o trabalho que fazia. Passados três anos – voltei à SIC há cinco – esta era a evolução natural do meu percurso.
Há quem aposte que chegará a director de uma estação de televisão...
Não tenho nem urgência nem necessidade de aspirar a um cargo desses. Não vivo com essas ansiedades. Sei que não desempenharia mal uma função desse tipo, mas não sei se quereria. Estou muito realizado a fazer entrevistas e a pensar programas e a pô-los no ar com sucesso e a baixo custo.
Para si tudo gira em torno da televisão?
Não. Não me tornei uma máquina de fazer televisão. Continuo a ser um homem que gosta de fazer televisão, mas que tem uma vida para além da televisão.
Mas um homem que não chora?
Choro, mas não tem acontecido. Emocionei-me quando o meu primo Diogo Salomão se estreou pelo Sporting em competições internacionais e marcou um golo. Fiquei ainda mais emocionado quando se estreou pela Selecção de esperanças. Mas não me lembro da última vez que chorei.